sábado, 10 de setembro de 2011

Com o maestro Moutinho a música é outra

  O FC Porto venceu o Vitória de Setúbal por 3-0 e sabe que vai continuar isolado na frente do campeonato após a quarta jornada, com 12 pontos. Depois de uma primeira parte cinzenta, em que ainda assim atirou três bolas ao ferro, a equipa de Vítor Pereira deslumbrou no segundo tempo, com futebol de alto gabarito e com Moutinho em grande plano.
  Hulk (possivelmente não totalmente recuperado da lesão sofrida com a União de Leiria) e Moutinho ficaram no banco, avançado Cristian Rodríguez e Defour. E Souza também rendeu Fernando no onze inicial.
Os azuis e brancos pareciam a falta de Hulk, o seu principal desequilibrador, e de Moutinho, o motor da equipa. E durante os primeiros 45 minutos, houve poucas jogadas com princípio, meio e fim.
  É verdade que os azuis e brancos fizeram o suficiente para estar em vantagem ao intervalo, pois atiraram três bolas aos ferros da baliza sadina, por Souza, Rolando e Kléber. Mas o futebol da equipa de Vítor Pereira foi quase sempre desgarrado e jogado num ritmo lento.
  No recomeço, João Moutinho substituiu Souza e a verdade é que a diferença na fluidez de jogo dos campeões nacionais foi da noite para o dia. Não apenas devido à entrada do camisola 8, mas sem dúvida que com ele em campo, as coisas são diferentes... Defende, ataca, corta, assiste a agora pelos vistos até marca. Um jogador completo!
  Moutinho fez-se logo notar por fantástica assistência para Defour, que só não deu golo porque o cabeceamento do belga foi travado por Diego de forma espetacular. O perigo rondava a baliza do excelente guarda-redes dos setubalenses e pressentia-se que o golo era questão de minutos... E não foi preciso esperar muito tempo: aos 53' Moutinho inaugurou o marcador com belo remate de longe. Diego poderia ter feito melhor, mas não é justo crucificá-lo, pois realizou uma série de defesas espantosas.
  O FC Porto partiu para o seu melhor período, com Moutinho, Belluschi e James em plano de destaque. Ia valendo Diego ao Vitória de Setúbal...
  Até que Hulk entrou em campo, para acabar literalmente com as esperanças sadinas. O lance do 2-0, com o brasileiro como grande protagonista, é uma delícia para quem gosta de futebol: jogada ao primeiro toque entre Belluschi, o Incrível e James.
  O domínio portista era total e ainda houve tempo para o 3-0, apontado por Belluschi, em mais um belo remate de fora da área.

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