Um golo de Hulk fez a diferença num jogo bem disputado e poderá ter
afastado o Sp. Braga da luta pelo título. Acossado pela necessidade de
ganhar, o FC Porto voltou a cumprir a missão com um triunfo, garantindo
uma distância provisória de quatro pontos sobre o Benfica, que só joga
amanhã em Alvalade.
Emocionante, intensa e
até louca. Assim foi a primeira parte, com boas oportunidades e defesas
de outro mundo para ambas as equipas. Primeiro apareceu o FC Porto, com
Lucho e Hulk a lançar fogo pelos olhos, para compensar a apatia do
ponta-de-lança Kléber, que se perdeu entre um mar de pernas minhotas e
na própria insegurança.
Em concreto, sempre que os
dragões carregaram, o guarda-redes Quim apareceu no sítio certo. A
prova foi a forma como resistiu a um remate em zona frontal de ‘El
Comandante' e como travou uma ‘bomba' de Hulk, construída já perto da
linha de fundo.
No lado minhoto, Mossoró, Lima e
Hugo Viana destacaram-se com acções venenosas, tolhendo a paciência aos
defesas portistas e a Defour, que ficou com missões defensivas no
meio-campo dos dragões. Lima isolou-se várias vezes e, numa delas,
disparou uns palmos ao lado da baliza. Já Viana obrigou Helton a
aplicar-se quase tanto como Quim, na cobrança de um livre directo.
Ficou
a sensação de que o empate se ajustaria até ao fim. Puro engano, porque
o intervalo fez melhor ao FC Porto, de tal modo que a equipa de Vítor
Pereira passou a dominar o jogo, obrigando o Sp. Braga a cometer erros.
Daí ao golo foi uma questão de minutos. James aproveitou um mau passe
dos minhotos para isolar Hulk que bateu Quim de forma perversa, com o pé
direito. O Sp. Braga procurou reagir no contra-ataque. Jardim fez mesmo
entrar toda a artilharia do ataque. Sem efeitos práticos, já que o FC
porto voltou a surgir mais perigoso e quase cheirou o segundo golo,
perto do fim.
João Moutinho
Só
a inesperada ascensão de Defour no jogo lhe
tirou parte do protagonismo que vem gozando. O momento de forma é
soberbo e consegue
contagiar os companheiros. Como se os fizesse
acreditar num futuro risonho que, afinal de contas, o F.C. Porto tem à
distancia
de quatro jogos. Esteve bem. Muito bem. Foi
enorme. Melhor dizendo. Foi Moutinho, do primeiro ao último minuto.