João Moutinho está fora da recepção ao
Rio Ave, naquele que será o primeiro impedimento registado esta
época, 25 jogos depois de a mesma começar e com apenas
uma paragem por opção, contra o facílimo
Pêro Pinheiro, para a Taça de Portugal. Agora, o
médio travou no quinto cartão amarelo, que o afasta
automaticamente por um jogo e convida Defour a regressar ao meio-campo
para recuperar uma fórmula, ao lado de Belluschi, goleadora na
três ocasiões em que foi utilizada.
João Moutinho, que depois de uma fase negativa vivia agora a
estabilização no nível a que nos habituou,
não terá em risco o regresso após a paragem
obrigatória. Mas os adeptos não têm por que temer.
Contra Nacional (5-0), Paços de Ferreira (3-0) e Pêro
Pinheiro (8-0), a equipa soube responder à altura e Defour foi
sempre dos melhores. Ainda que Guarín possa recuperar a tempo de
ser opção, Vítor Pereira não terá
dúvidas: à frente de Fernando jogam Belluschi e Defour,
afinal os dois entre os quais têm residido algumas dúvidas
a propósito de qual o melhor para acompanhar Moutinho.
Nesta época e meia de FC Porto, Moutinho assumiu-se pedra
fundamental quer com André Villas-Boas, quer com Vítor
Pereira. Além do jogo falhado esta temporada, folgou apenas
cinco vezes na anterior, duas por acumulação de amarelos
e três quando o agora treinador do Chelsea quis poupar os
jogadores mais rodados. Ao fim e ao cabo, a constante disponibilidade
vem de encontro aos números com que já tinha surpreendido
no Sporting, quando conseguiu 84 jogos consecutivos entre 2004/05 e
2006/07.
Em todas as ocasiões sem João Moutinho, o FC Porto
venceu, o que retira carga dramática a esta nova ausência,
especialmente numa fase em que as coisas correm bem à equipa. Ao
todo, um score de 22 golos marcados e apenas um sofrido desmentem a
importância que efectivamente o ex-Sporting tem na mecânica
da máquina azul e branca.
in O Jogo
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