A regularidade de João Moutinho, bem acompanhada pela qualidade em tudo o
que faz, só pede mais uma coisa: golos. Talvez
seja isso que está a faltar ao médio da Seleção
Nacional antes da consagração como grande nome do futebol mundial.
Em
entrevista à TVI, em Opalenica, João
Moutinho aceita a observação, embora vá dizendo que não existe qualquer
obsessão
relativamente a isso. O jogador do F.C. Porto
tem, no máximo, mais dois jogos para fazer balançar as redes contrárias.
«Já
o disse antes e acho que sim, faltam-me mais
golos. Com golos tudo se torna maior. Não fico obcecado por isso. Estou
ali para
ajudar», diz o internacional português.
«Uma assistência para mim é como um golo. Se marcar, ainda melhor. Mas se
todos puderem escolher, escolherão sempre não marcar e ganhar».
Em relação ao comprometimento admirável que tem
com o jogo, João Moutinho dá uma resposta interessante.
«É
a minha maneira de ser, o meu estilo de jogo. Trabalhar,
dar o máximo, correr e fazer as coisas da melhor
forma. As coisas têm corrido bem. Gosto de falar com os meus colegas. A
comunicação
é essencial. Tenho essa forma de jogar, não dar
um lance perdido».
Paulo Bento repetiu quatro vezes o onze
inicial
e um meio-campo formado por Moutinho, Meireles e
Veloso. O jogador diz que há mais opções de nível à espreita.
«É
importante criar solidez, sim, mas isso também
se faz nos treinos. Treinamos todos uns com os outros. Não é somos só eu
o
Meireles e o Miguel. São também o Rúben, o Viana
e o Custódio»
Portugal aguarda serenamente pelo desenlace do duelo entre Espanha e França. Dali será o adversário nacional nas meias-finais
do Campeonato da Europa de 2012.
«São excelentes jogadores. Essa comparação entre mim e eles é boa. Gosto muito
dos dois, mas principalmente do Iniesta», diz Moutinho à jornalista Cláudia Lopes.
«Se
um dia vierem a comparar
outros jogadores a mim será uma enorme alegria. É
sinal que estive bem. Tenho 25 anos e espero jogar muito tempo ainda
para
ajudar as equipas onde estiver».
Sobre os seus objetivos pessoais para este Europeu, Moutinho responde como joga:
para a equipa.
«O meu objetivo é estar na máxima força para vencer e estar na final. O meu e o de todos os outros.
Depois, as finais são para se ganhar».
Muitos portugueses já não se lembrarão. O titularíssimo João Moutinho não foi convocado há dois anos por Carlos Queiroz
para o Campeonato do Mundo da África do Sul. Por mera opção técnico/tática.
«Explicar
a minha ausência? São outras
questões. Não me cabe a mim responder. Não
pensei mais sobre isso. Tomaram-se opções e, infelizmente para mim, não
estive
presente. Continuei a trabalhar e estou cá».
Moutinho prefere, por exemplo, comentar as imagens que lhe chegam de
Portugal: um país em festa.
«Vi quando chegámos aqui a Opalenica. São momentos que tocam e arrepiam. É um país a
festejar por nós. É lindo ouvi-los a cantar o hino. Isso também nos dá força».
A imagem tem percorrido as redes sociais. Paulo Bento nos tempos de jogador, de óculos escuros e camisa extravagante.
«Se
acredito que este homem nos pode levar ao
sucesso? Assim não», brincou o jogador, antes de regressar ao tom mais
sério.
«Claro
que acredito. Tem sido muito bom. Ter um
treinador como ele é ótimo. Está a fazer um grande trabalho. Conheço-o
há vários
anos. Há muito dele nesta seleção. Transmitiu
desde o primeiro minuto o que queria e interiorizámos».
in Mais Futebol
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