quinta-feira, 28 de junho de 2012

«Tentámos resolver antes dos noventa»


  João Moutinho foi um dos melhores em campo, no embate entre Portugal e a Espanha, na meia-final do Campeonato da Europa, mas no final não escondeu a sua desilusão. O médio do F.C. Porto realizou uma grande exibição, mas falhou o seu pontapé no desempate por grandes penalidades.
  «Infelizmente, fizemos uma excelente partida, mas não conseguimos passar à final que era o nosso grande objetivo. Queríamos estar na final, mas infelizmente não conseguimos», destacou na zona mista do Dombass Arena.
  Portugal teve oportunidades para resolver o jogo no tempo regulamentar, mas acabou por perder no desempate por grandes penalidades. «Foi sempre isso que quisemos, desde o primeiro minuto,. Sabendo que a Espanha é uma grande equipa, que não podemos pressionar sempre, tentámos. Criámos oportunidades, mas infelizmente não as concretizámos. Tentámos resolver antes dos noventa e depois antes dos 120, mas não conseguimos», acrescentou. 

A figura: João Moutinho
Baixinho monstruoso, brilhante. Inacreditável o número e a qualidade de bolas recuperadas. Soberbo no passe, na atitude, na devoção a esta causa. Fisíca e tecnicamente inesgotável, fonte de resolução de problemas, médio de eméritas virtudes. Jogo absolutamente fantástico! Não merecia ter falhado o penálti.

in Mais futebol

Força inesgotável a defender e a atacar 

Não merecia tão grande infelicidade nas grandes penalidades.
Foi claramente o melhor jogador português em todo o jogo, não só a defender como a atacar. Pressionou, roubou bolas, cortou linhas de passe, conduziu as jogadas ofensivas, e  fez passes para oa avançados. Encheu o campo com acções individuais ou em lances que permitiram à equipa sair a jogar. De uma energia inesgotável e impressionante. Parecia que as pilhas nunca acabavam. Inclusive, aos 114 minutos, foi importante a dobrar os centrais tapando o espaço e permitindo o corte a Fábio Coentrão. O pior estava guardado para o fim ao permitir a defesa a Casillas, nas grandes penalidades. Um momento importante na eliminatória, mas que não apaga, nem por sombras, não só o que fez ontem como em todo o Campeonato da Europa. Um dos melhores. Sai com a cotação em alta.

Super-homem também falha

Foi fantástico, o maior: nas dobras, no controlo do meio, a travar todos os espanhóis que lhe apareciam, a percorrer todos os milímetros de relva, a lançar ataques, a jogar e a fazer jogar. Em suma, foi super João, Super-homem de antologia, durante... 120 minutos. Porém, jamais vai esquecer o penálti. 

in Edição de imprensa de O Jogo

Sem comentários: