quinta-feira, 28 de março de 2013

Moutinho aproveita o lanço.


  João Moutinho regressa esta manhã aos treinos no FC Porto, devendo apresentar-se sem qualquer limitação, algo que não sucede há algum tempo para os lados do Olival. O médio esteve ao serviço da Seleção Nacional nos últimos dias e procurou abster-se de comentar o ''bate-boca'' entre Pinto da Costa e Paulo Bento por causa da sua utilização no jogo com Israel. Certo é que Moutinho volta ao FC Porto com 180 minutos de competição nas pernas e pronto para ser titular, de novo, a Académica. Um ''reforço'' de peso que Vítor Pereira seguramente não vai dispensar numa altura em que está proibido de perder pontos, que foi o que aconteceu aos portistas em duas das três partidas do campeonato em que Moutinho não esteve disponível. Só mesmo alguma limitação de última hora o afastará do onze. Nesse caso avançaria Defour, que não foi utilizado na Bélgica.

  Se no passado recente, Pinto da Costa criticou o selecionador nacional por não abdicar de Moutinho um minuto sequer - como no caso do particular no Gabão -, desta vez a utilização a tempo inteiro do médio até servirá os interesses dos dragões. Afinal, foi ao serviço da Seleção que recuperou da lesão sofrida em Málaga: traumatismo na coxa direita, a mesma onde teve lesão muscular na véspera do clássico em Alvalade. É verdade que também o poderia ter feito no Olival, aproveitando a paragem das competições internas, mas com dois jogos de Portugal, Moutinho recuperou também os índices físicos e competitivos que lhe devem permitir apresentar-se ao nível habitual em Coimbra.

  Hugo Almeida passou os últimos nove dias com Moutinho e não duvida de que o médio está em condições para jogar com a Académica. «Ele é um excelente professional que ninguém duvide disso. Está habituado a fazer muitos jogos seguidos, não é de se poupar e, se se sentir bem, pode perfeitamente fazer mais 90 minutos no sábado», referiu o avançado que apontou o segundo golo de Portugal no Azerbaijão.

  Aliás, Hugo Almeida garantiu a O Jogo, desde Istambul, onde tinha acabado de regressar, que João Moutinho não deu sinais de estar condicionado na Seleção. «Senti-o bem, sem qualquer limitação. Claro que não esteve connocsco nos primeiros treinos, por estar a fazer tratamento, mas acho que se ele, mais do que ninguém, não sentisse que estava em condições, não teria jogado com Israel. Nem o treinador o teria colocado em campo, aliás.» frisou. O avançado viu um Moutinho «empenhado» em todas as sessões de trabalho, mas não consegue dizer se o companheiro estava, ou não, a 100 por cento. «É difícil dizer isso porque existe sempre um receio natural por causa da lesão. Ele até nem estava parado muito tempo, mas há sempre um receio de que algo possa acontecer», referiu. Em todo o caso, o ponta de lança do Besiktas garante que se Moutinho jogou é porque estava apto. «Sabia que podia ajudar porque o corpo dele deu a resposta certa nos treinos. De certeza que não sentiu dores. Qualquer treinador quer usar os melhores jogadores em todos os jogos, mas é preciso recordar que os jogadores são os seus próprios médicos. Se tiverem dores ou sentirem limitações, são os primeiros a dizer que não dá», explicou.

in Edição de imprensa de O Jogo

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