quarta-feira, 29 de maio de 2013

Moutinho ao preço da uva mijona

  Não é preciso ser-se sábio para perceber que, caso tivesse sido possível, o FC Porto teria transferido o seu ex-jogador João Moutinho para o principado do Mónaco por uma quantia ainda menor do aquela que foi, efetivamente, declarada à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.
  O Sporting é prejudicado com o negócio Moutinho mas não por falta de valorização do próprio jogador. Neste plano, aplica-se a verdade incontornável de La Palice: vendido para o norte em Julho de 2010 por 11 milhões de euros e, em Maio de 2013, segue para França por 25 milhões. Houve, quer se queira, quer não, a tal valorização. 
  O problema reside no facto de estar à vista de todos que os direitos económicos conectados a Moutinho são superiores a 25 milhões de euros. A própria cláusula de rescisão aposta no anterior contrato de trabalho desportivo do jogador com o FC Porto (e comunicada à CMVM) serve de indicador claro para este facto inegável. 
  Contudo, a boleia de James Rodriguez - único jogador do plantel portista que reunia as condições essenciais para se poder "cozinhar" um negócio deste género - fez cair por terra a esperança verde de ver amealhar mais alguns trocos numa altura crucial para os cofres de Alvalade. Bruno de Carvalho considerou - e bem - a transferência em causa como um mau negócio. Podia ter-se alongado na classificação: atípica e duvidosa. 

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