Não é preciso ser-se sábio para perceber que, caso
tivesse sido possível, o FC Porto teria transferido o seu
ex-jogador João Moutinho para o principado do Mónaco por uma quantia
ainda menor do aquela que foi, efetivamente, declarada à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários.
O Sporting é prejudicado com o negócio Moutinho mas não por falta de valorização do próprio jogador. Neste plano, aplica-se a verdade incontornável de La Palice: vendido
para o norte em Julho de 2010 por 11 milhões de euros e, em Maio de
2013, segue para França por 25 milhões. Houve, quer se queira, quer não,
a tal valorização.
O problema reside no facto de estar à vista de todos
que os direitos económicos conectados a Moutinho são superiores a 25
milhões de euros. A própria cláusula de rescisão aposta no anterior
contrato de trabalho desportivo do jogador com o FC Porto (e comunicada à
CMVM) serve de indicador claro para este facto inegável.
Contudo, a boleia de James Rodriguez - único jogador
do plantel portista que reunia as condições essenciais para se poder
"cozinhar" um negócio deste género - fez cair por terra a esperança verde de ver amealhar mais alguns trocos numa altura crucial para os cofres de Alvalade. Bruno
de Carvalho considerou - e bem - a transferência em causa como um mau
negócio. Podia ter-se alongado na classificação: atípica e duvidosa.
in Expresso
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