domingo, 8 de abril de 2012

Dragão ganha asas em Braga


  Um golo de Hulk fez a diferença num jogo bem disputado e poderá ter afastado o Sp. Braga da luta pelo título. Acossado pela necessidade de ganhar, o FC Porto voltou a cumprir a missão com um triunfo, garantindo uma distância provisória de quatro pontos sobre o Benfica, que só joga amanhã em Alvalade.
  Emocionante, intensa e até louca. Assim foi a primeira parte, com boas oportunidades e defesas de outro mundo para ambas as equipas. Primeiro apareceu o FC Porto, com Lucho e Hulk a lançar fogo pelos olhos, para compensar a apatia do ponta-de-lança Kléber, que se perdeu entre um mar de pernas minhotas e na própria insegurança.
  Em concreto, sempre que os dragões carregaram, o guarda-redes Quim apareceu no sítio certo. A prova foi a forma como resistiu a um remate em zona frontal de ‘El Comandante' e como travou uma ‘bomba' de Hulk, construída já perto da linha de fundo.
  No lado minhoto, Mossoró, Lima e Hugo Viana destacaram-se com acções venenosas, tolhendo a paciência aos defesas portistas e a Defour, que ficou com missões defensivas no meio-campo dos dragões. Lima isolou-se várias vezes e, numa delas, disparou uns palmos ao lado da baliza. Já Viana obrigou Helton a aplicar-se quase tanto como Quim, na cobrança de um livre directo.
  Ficou a sensação de que o empate se ajustaria até ao fim. Puro engano, porque o intervalo fez melhor ao FC Porto, de tal modo que a equipa de Vítor Pereira passou a dominar o jogo, obrigando o Sp. Braga a cometer erros. Daí ao golo foi uma questão de minutos. James aproveitou um mau passe dos minhotos para isolar Hulk que bateu Quim de forma perversa, com o pé direito. O Sp. Braga procurou reagir no contra-ataque. Jardim fez mesmo entrar toda a artilharia do ataque. Sem efeitos práticos, já que o FC porto voltou a surgir mais perigoso e quase cheirou o segundo golo, perto do fim. 


João Moutinho
Só a inesperada ascensão de Defour no jogo lhe tirou parte do protagonismo que vem gozando. O momento de forma é soberbo e consegue contagiar os companheiros. Como se os fizesse acreditar num futuro risonho que, afinal de contas, o F.C. Porto tem à distancia de quatro jogos. Esteve bem. Muito bem. Foi enorme. Melhor dizendo. Foi Moutinho, do primeiro ao último minuto.

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